Trânsito

Uma em cada cinco pessoas ingeriu álcool antes de ser vítima do trânsito

O álcool é uma droga lícita, presente em todas as esferas da sociedade

O álcool é uma droga lícita, presente em todas as esferas da sociedade. É muito comum alguém, em uma festa, beber um copo de cerveja ou degustar uma taça de vinho durante um jantar. Mas o que parece inofensivo é responsável por diversos casos de violência doméstica e também no trânsito.

De acordo com uma pesquisa divulgada, recentemente, pelo Ministério da Saúde, uma em cada cinco pessoas, vítimas de acidentes de trânsito, confessaram ter ingerido bebidas alcoólicas ou apresentava sinais de embriaguez durante o atendimento.

Conforme o chefe do setor de trânsito da Polícia Militar de Criciúma, Sargento Valmiré de Souza, isso é bastante comum também em Criciúma. “Hoje em dia, é muito fácil encontrar bebidas. Por exemplo, elas são vendidas nas conveniências dos postos de combustíveis”, revela o sargento.

Operação pós-balada

Os dias mais críticos, em relação aos acidentes, são as quintas e sextas-feiras, além dos sábado. Isto porque, estes dias são os que as pessoas geralmente costumam sair com os amigos. Muitos ingerem bebidas alcoólicas e logo após dirigem.

Segundo o Clicatribuna, os acidentes, em Criciúma, costumam ocorrer nos locais onde há concentração de jovens, como a Avenida Centenário, Luiz Rosso, Álvaro Catão, Jorge Lacerda e Luiz Lazzarin. “Eles ocorrem por falta de atenção do motorista, e principalmente nos semáforos. Eles não guardam a distância de segurança”, afirma. A faixa etária das pessoas envolvidas no acidentes varia entre 20 e 40 anos.

Bebida também gera violência doméstica

Não é apenas no trânsito que o álcool gera violência. Muitas ocorrências registradas na Delegacia da Mulher, Criança e Idoso de Criciúma ocorrem por causa da embriaguez.

Segundo o delegado Márcio Campos Neves, o álcool aparece frequentemente nos casos de violência doméstica. “Muita gente fala: ele é uma pessoa legal, mas quando bebe…”, comenta. O problema geralmente não ocorre de um dia para o outro. A pessoa que violenta a outra já e dependente da bebida há muito tempo, não há muito o quê fazer. “As pessoas pedem que a polícia dê um jeito, mas nós não oferecemos o tratamento”, revela Márcio.

Além da bebida, o crack também tem chamado a atenção das autoridades para quanto à violência doméstica. “As pessoas mais novas usam o crack, geralmente, o contrário acontece com as mais velhas”, aponta o delegado.