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Veja como será paga a indenização da Casan aos atingidos por tragédia em Florianópolis

Segundo a companhia, este será apenas um valor inicial para ajudas mais pontuais; pagamento será feito para pessoas atingidas após o rompimento do reservatório no bairro Jardim Atlântico

Foto: Reprodução

O diretor-presidente da CASAN, Edson Moritz declarou nesta sexta-feira (8) que o pagamento dos atingidos pelo rompimento de uma caixa d’água da Companhia começa neste sábado (9). As informações foram obtidas pelo repórter da NDTV Paulo Mueller.

Em uma reunião com moradores na tarde desta sexta-feira, Moritz disse que a Companhia está disposta a reparar os danos sofridos.

Questionada, a Casan disse que o pagamento será uma antecipação da indenização, o que significa um percentual sobre os danos materiais já levantados com base em cadastro e vistoria em campo.

A Companhia declara ainda que cada caso está sendo avaliado individualmente, portanto não há uma quantia pré-definida. Os valores serão pagos em TED, pix ou cheque, no caso do morador não possuir conta bancária. Segundo a Casan, o processo de indenização total aos moradores ainda segue em investigação.

Por enquanto, a Casan diz que não tem informações dos valores máximos, ou mínimos, que serão pagos aos atingidos.

Para apurar as causas do rompimento do reservatório do bairro Monte Cristo, o diretor-presidente da CASAN, Edson Moritz, baixou duas portarias internas para determinar as seguintes providências:

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1 – elaboração de relatório e laudo técnico pormenorizado sobre a situação de todos os reservatórios de água da CASAN no prazo máximo de cinco dias úteis.
2 – Levantamento de informações e documentos acerca dos questionamentos formulados pela Defesa Civil sobre averiguação de infiltrações do reservatório R4 e providências tomadas
Foi nomeada uma comissão para levantar as informações solicitadas. Presidente está à frente dela e comandou pela manhã a primeira reunião de trabalho.

Troca de e-mails

De acordo com o repórter da NDTV, Paulo Mueller, alguns e-mails foram trocados entre a Casan e a empresa responsável pela construção do reservatório. As trocas de mensagens apontam que a companhia solicitou, cerca de 16 meses antes do colapso, que a construtora Gomes & Gomes reparasse o reservatório “urgente”.

Casan já sabia dos problemas

Ao todo, a Casan firmou contrato com a Gomes & Gomes para a construção de três reservatórios de água. Além deste que rompeu, outros dois ainda estão em operação no município de São José, na Grande Florianópolis.

O reservatório foi inaugurado em março de 2022 e os e-mails foram trocados em 10 de maio de 2022, apenas dois meses após a inauguração do local. A Casan informou a construtora que a Defesa Civil e o CBMSC (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina) haviam inspecionado o local a pedido dos moradores e identificado infiltrações no reservatório.

Questionado sobre isso, Horstmann não soube responder por que, mesmo após o reservatório ter apresentado tais avarias, ele foi mantido abastecido. O diretor aponta que, após os avisos da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, a estrutura foi esvaziada para evitar colapsos, mas por indicação da Gomes & Gomes foi novamente reabastecido.

A Casan reforça que ainda não é possível apurar as causas que levaram ao rompimento da estrutura. Ainda, Horstmann afirma que após a conclusão do laudo, certamente a estrutura será demolida.

A empresa Gomes & Gomes se manifestou e disse que ainda está esperando a conclusão do laudo pericial. Além disso, a empreiteira aponta que não tem definição de uma causa para o incidente e que segue ajudando nas investigações.

Além dessas ações, a Casan reforça que, dentro de cinco dias, fará inspeções em todos os reservatórios da companhia nos locais onde atua com fornecimento de água e tratamento de esgoto.

Relembre o caso

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Na madrugada desta quarta (6), o reservatório se rompeu e destruiu casas e bens de ao menos 150 famílias no Monte Cristo, bairro na região continental de Florianópolis. Moradores alegaram que há meses alertavam as autoridades sobre vazamentos no local.

Em nota, a Companhia declarou que o reservatório R4 do Monte Cristo, que teve uma das células rompidas, está e permanecerá totalmente esvaziado.

O registro de entrada permanece fechado, e o registro de esvaziamento foi removido para manter sempre sem água. O reservatório circular ao lado, que está em atividade há três décadas, continua o abastecimento sem risco aos moradores.

A Companhia salienta que segue no local para atendimento aos moradores atingidos, com tendas montadas na região da Paróquia do Sapé, fornecendo alimentação, roupas e produtos de higiene.

Com informações ND+