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[Vídeo] Rastro luminoso no céu é estágio de foguete russo

Reentrada de estágio de foguete Souyz da Rússia lançado na terça do Cazaquistão impressionou muita gente em várias cidades

Foto: Reprodução

Um rastro luminoso cortou o céu do Rio Grande do Sul no começo da madrugada desta sexta-feira, 25, e também chegou a ser visto em algumas cidades da região. A luz impressionou muita gente que estava acordada e que ao olhar para o céu conseguiu observar o faixo se deslocando no céu como se fosse um meteoro.

Diferente dos meteoritos ou meteoros que ardem na atmosfera e que cruzam o céu com maior velocidade, o rastro luminoso se deslocou mais lentamente no céu. Como o rastro luminoso ficou quase um minuto no céu muitas pessoas em várias cidades conseguiram fazer imagens com seus celulares.

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Assista ao vídeo:

De acordo com a MetSul Meteorologia, a resposta para o faixo de luz no céu não é nenhuma rocha espacial. O que se viu no céu do Rio Grande do Sul foi a reentrada do estágio superior de um foguete russo Soyuz SL-4 RB lançado na última terça-feira do Cazaquistão, de acordo com o professor Carlos Fernando Jung, que é diretor da Brazilian Meteor Observation Network na Região Sul.

O lançamento do foguete ocorreu no Cosmódromo de Baikonur, administrado pela Rússia, no Cazaquistão, às 22h08 da terça (hora de Brasília). Uma espaçonave robótica de carga Russian Progress foi lançada em direção à Estação Espacial Internacional a bordo do foguete, cujo estágio reingressou no Rio Grande do Sul. O foguete transportou ainda três toneladas de suprimentos para o laboratório em órbita.

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O reingresso de lixo espacial na atmosfera não é incomum, ainda segundo o Metsul. Todo lixo espacial é o resultado do lançamento de objetos da Terra e permanece em órbita até entrar novamente na atmosfera. Alguns objetos em órbitas inferiores de algumas centenas de quilômetros podem retornar rapidamente. Frequentemente, voltam à atmosfera depois de alguns anos e, em sua maior parte, queimam – por isso não chegam ao solo.

Detritos ou satélites deixados em altitudes mais elevadas de 36.000 quilômetros – onde os satélites de comunicações e meteorológicos são frequentemente colocados em órbitas geoestacionárias – podem continuar a circundar a Terra durante centenas ou mesmo milhares de anos.

Fonte: MetSul Meteorologia