Segurança

Mulher mata ex com 40 facadas em SC e diz ter sido vítima de ameaças e cárcere privado

Assassinato ocorreu no município de Piratuba no dia 6 de julho e corpo foi encontrado no dia 12 no interior de Ipira; mulher confessou o crime

Foto: Polícia Civil/Divulgação

Um homem, identificado como Alexandre José Souza de Oliveira, de 33 anos, foi encontrado morto com 40 golpes de faca no interior do município de Ipira, no Meio-Oeste de Santa Catarina. O crime ocorreu na madrugada do dia 6 de julho, em Piratuba, mas o corpo foi achado jogado em um barranco na Linha Santana, com uma lona e um cobertor, na última terça-feira (12).

O caso está sendo investigado pelo delegado da comarca de Capinzal, Gilmar Bonamigo. Segundo ele, uma advogada foi até a Polícia Civil de Joaçaba, informando que foi procurada pela suposta autora do assassinato, uma jovem de 25 anos.

A jovem teria indicado onde estava o corpo, após confessar o crime. Ela ainda revelou que o ex-marido ajudou na ocultação do cadáver, mas não teve participação no assassinato.

A motivação para o crime, segundo relato da mulher à Polícia Civil, foi devido ao sofrimento psicológico que vivia. Ela alega que o ex-companheiro a mantinha em cárcere privado durante o relacionamento, além de ter sofrido ameaças de morte contra ela e o filho.

De acordo com o delegado, a vítima, natural de Caçador, teria morado com a mulher por três meses e eles estavam separados. Alexandre queria reatar o relacionamento, mas a mulher não aceitava.

O crime

Na tarde desta quinta-feira (14) a mulher foi ouvida e confessou que o crime ocorreu no apartamento em que mora, no centro de Piratuba. Uma perícia foi feita no local.

Conforme Bonamigo, a mulher contou que desferiu, primeiramente, um golpe de martelo contra o homem. Depois, desferiu as facadas. “O laudo oficial ainda não foi entregue, mas em conversa com o legista a informação é de que ele morreu por esgorjamento. O golpe fatal atingiu a veia aorta. A faca usada supostamente estava na mão de Alexandre”, relata.

Segundo o delegado, após matar o ex-companheiro, ela não teria forças suficiente para retirar o corpo do apartamento e contou com a ajuda do ex-marido, e pai de seu filho de seis anos, que colaborou na ocultação do cadáver.

Para evitar exposição à criança, que mora no apartamento, o corpo teria sido enrolado em um cobertor e deixado no box do banheiro até noite do dia 6 de julho, quando foi levado à Linha Santana, onde foi deixado.

Bonamigo informou, ainda, que o ex-marido da mulher confessou que ajudou na ocultação do cadáver, mas alegou que não teve participação no homicídio. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil e outras informações não foram repassadas.

Com informações do ND+

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