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Centro de Convivência da Terceira idade: Há um ano transformando a vida dos idosos

No dia 25 de maio de 2012 foi inaugurado em Criciúma um espaço que tinha como objetivo acolher as pessoas idosas do município. Entretanto, os encontros, as aulas e oficinas que acontecem no Centro de Convivência da Terceira Idade têm um significado ainda maior: transformar a vida do idoso. Para não deixar a data passar em branco, nesta sexta-feira (24), às 15 horas, a Associação Feminina de Assistência Social, reunirá toda a equipe, grupos de idosos para receberá o prefeito Márcio Búrigo, o vice-prefeito Verceli Coral e vereadores para cortar o bolo do primeiro aniversário.

Durante esta semana festiva os 57 grupos de idosos do município estão passando pelo Centro de Convivência para conhecer as mudanças no Serviço de Convivência de Fortalecimento de Vínculo para Pessoa Idosa, considerando a Política Nacional da Assistência Social (PNAS). Entretanto, as tardes são encerradas com os famosos “arrasta pé”. Conforme o prefeito, é tendência natural da vida nascer dependente e encerrar a vida também dependendo de outras pessoas. “A Afasc tem essa função de educar as crianças nos CEIs e acolher os idosos de forma tão calorosa. Nós do Poder Público queremos oferecer o melhor a essas pessoas que contribuíram tanto para o desenvolvimento da nossa cidade”, destacou Búrigo.

A presidente da Associação, Izabel Búrigo, destacou que o serviço no Centro de Convivência vai muito além das atividades realizadas no local. “Os nossos profissionais estão presentes nos bairros, levam atividades aos grupos e estamos trabalhando bastante o direito da pessoa idosa. Vivemos em uma época que não chamamos nossos pais de senhor e senhora, não pedimos a benção, e os idosos podem passar esse ensinamento, inclusive nos ônibus, pedindo o lugar para os mais jovens”, comentou Izabel.

Novidades no Centro de Convivência

No mês de junho haverá novidades no Centro do Idoso. Serão ativadas no local as oficinas de artesanato misto, informática, alfabetização, implantadas as atividades com baralho, dominó, aulas de patchwork, violão, bingo da afetividade e, para alegria da maioria, não ficarão de fora os tradicionais bingos e os bailes da tarde.

Um espaço de aprendizagem e novas amizades

Há 13 anos o aposentado Jaime Nogueira, de 84 anos, encontrou no grupo de idosos da Cruz Vermelha, no bairro Pinheirinho, o fim da solidão. Como é viúvo e não tinha o que fazer em casa, resolveu participar das atividades na comunidade. “Lá fiz novas amizades e encontrei o que fazer nas minhas tardes”, contou o senhor. De um ano pra cá Jaime iniciou novas amizades com a criação do Centro do Idoso. “Tudo melhorou. Não havia na cidade um espaço só para gente e também não ficamos apenas no bairro, temos onde passear”, destacou. Segundo ele, a maior diversão são os bailões. “Gosto muito de dançar, mas não posso exagerar por conta dos problemas na coluna. Então me arrisco apenas nas lentas”, falou entusiasmado.

Para dona Terezinha Sombrio Heinzen, de 73 anos, moradora do bairro Mina Brasil, o Centro deu a ela a oportunidade que não teve quando mais nova. “Por mim eu viria para cá todos os dias, mas como tenho dores nos joelhos participo duas vezes por semana”, revelou. Terezinha é aluna da oficina de alfabetização. Ela já sabia ler e escrever, porém com algumas limitações. Hoje, há quase um ano na oficina, ela já se arrisca a escrever até uma carta. “Ainda não escrevi nenhuma, mas já disse pra professora que pretendo fazer logo”, acrescentou. Terezinha lembra que quando entrou nas aulas estava vivendo momentos de tristeza por conta da morte do marido. “Aqui eu encontrei forças e acolhida. E, além disso, nunca é tarde para aprender”, ressaltou.

Colaboração: Jussi Moraes