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La Niña traz ‘reviravolta’ em SC e inverno pode chegar antes no Estado: você sabe quando?

Fenômeno La Niña trará o inverno mais cedo para Santa Catarina e temperaturas serão movidas por massas de ar frio

Foto: Reprodução/NASA/ND

O fenômeno climático La Niña está prestes a trazer uma “reviravolta” nas condições meteorológicas em Santa Catarina, impactando especialmente a chegada do inverno no Estado.

Após o El Niño ter influenciado as condições climáticas ao longo de 2023, gerando chuvas intensas e provocando cheias, os olhares agora se voltam para as mudanças que o La Niña pode trazer.

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De acordo com o meteorologista Piter Scheuer, nos meses de janeiro e fevereiro, a previsão é de um período mais seco e aquecido, com temperaturas elevadas e chuvas próximas ou abaixo da média. No entanto, a transição para a influência do La Niña já se inicia em fevereiro, alcançando um processo de neutralidade antes de março.

Scheuer explica que a partir de março, a entrada do La Niña se torna mais evidente, trazendo consigo a chegada de massas de ar frio. O inverno pode se manifestar de maneira precoce, com abril, maio e junho sendo meses mais gelados.

A expectativa é de pelo menos três ondas de ar frio, acompanhadas de geadas abrangentes e episódios de neve, especialmente nas regiões mais elevadas, como o topo da Serra Catarinense.

Para os moradores de Santa Catarina, fica a incerteza quanto ao momento exato em que o inverno se instalará, mas a chegada do La Niña indica uma possível antecipação das temperaturas mais frias.

Qual a diferença entre o La Niña e o El Niño?

O El Niño e o La Niña são fenômenos climáticos opostos e fazem parte do fenômeno El Niño-Oscilação Sul, que influencia padrões climáticos em diferentes partes do mundo.

Temperatura da Superfície do Mar:

El Niño: Caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial. –

La Niña: Caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial.

Impactos Climáticos:

El Niño: Geralmente resulta em condições mais quentes e secas em algumas regiões (como seca na Austrália e chuvas intensas no Peru e na América do Sul). –

La Niña: Tende a trazer condições climáticas opostas, incluindo chuvas acima da média em algumas áreas (por exemplo, chuvas intensas na Austrália) e secas em outras.

Atmosférica:

El Niño: Enfraquece os ventos alísios e altera os padrões atmosféricos, impactando o clima global.

La Niña: Reforça os ventos alísios e também influencia os padrões atmosféricos, levando a diferentes condições climáticas.

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Efeitos Regionais:

El Niño: Pode causar eventos climáticos extremos, como enchentes, secas, e tem impactos em sistemas meteorológicos ao redor do mundo. –

La Niña: Também está associado a eventos climáticos extremos, mas muitas vezes com efeitos opostos aos do El Niño nas regiões afetadas.

Oscilação Sul (variações nas pressões atmosféricas entre as regiões do Pacífico e do Oceano Índico)

El Niño: Tende a ter um Índice de Oscilação Sul negativo.

La Niña: Geralmente está associado a um SOI positivo.

Ciclo

El Niño: Ocorre irregularmente a cada 2 a 7 anos.

La Niña: Geralmente segue ou precede um evento El Niño e ocorre com uma frequência semelhante.

Com informações do ND+

 

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