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Marido de técnica de enfermagem morta em Florianópolis nega participação no crime, diz polícia

Ele prestou depoimento à investigação. Yara Werner, de 46 anos, foi encontrada morta, com o corpo carbonizado, 4 de abril.

dIVULGAÇÃO

O marido da técnica de enfermagem Yara Filomena Werner da Silva, de 46 anos, encontrada morta em Florianópolis prestou depoimento à Polícia Civil e negou participação no assassinato, informou o delegado Ênio Mattos, responsável pela investigação. Ele também revelou que os primeiros suspeitos do homicídio são pessoas próximas à vítima.

Yara estava desaparecida desde 29 de março. O corpo dela foi encontrado carbonizado em uma área de mata no bairro Itacorubi na manhã de 4 de abril. A identidade foi confirmada a partir da análise da arcada dentária, segundo a Polícia Civil.

Nas redes sociais, a vítima relatou que foi hospitalizada por violência doméstica em 2013. Na ocasião ela já se relacionava com seu atual marido. A Polícia Civil recebeu a informação sobre essa agressão durante a investigação sobre a morte de Yara, mas não identificou boletim de ocorrência do caso.

Yara mencionou o caso de 2013 em resposta a uma publicação de uma amiga, que cuidou de dois dos três filhos da técnica em enfermagem enquanto ela estava no hospital. A filha mais nova, hoje com 7 anos, ainda não era nascida.

O delegado Ênio Mattos não confirmou quantos suspeitos são investigados. Sobre outros depoimentos, ele disse que parentes, amigos e conhecidos de Yara foram ouvidos pela polícia.

Início das investigações

O boletim de ocorrência do desaparecimento da técnica de enfermagem foi feito em 31 de março. Inicialmente, a investigação do caso de Yara estava a cargo da Delegacia de Polícia de Pessoas Desaparecidas (DPPD). Porém, desde quando o corpo ser encontrado, a morte é tratada como homicídio.

Durante a investigação da DPPD, cerca de 30 boletins de ocorrência (BOs) relacionados à vítima foram identificados, nem todos registrados por ela. Os documentos incluíam ameaças e agressões.

Segundo o delegado Wanderley Redondo, da DPPD, a polícia orientou a mulher, em 2018, a solicitar uma medida protetiva contra o então companheiro. A vítima não deu prosseguimento ao pedido.

O corpo da vítima estava em um matagal no bairro Itacoburi. Ele foi encontrado por um funcionário de um condomínio que ainda não está habitado. Após achar o corpo, ele chamou a Polícia Militar às 11h21 de 4 de abril.

Pessoa alegre e comunicativa

Yara atuava no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU), vinculado à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ela era casada e mãe de três crianças: uma menina, de 7 anos, e dois meninos, de 12 e 14, este último portador de paralisia cerebral.

De acordo com informações do HU, Yara desapareceu após sair de casa para trabalhar, às 16h30 de 29 de março. Familiares que fizeram o boletim de ocorrência informaram que ela deixou a residência apenas com o celular e a carteira. Ela não foi vista mais no trabalho desde o dia 29, conforme o hospital.

Segundo amigos, Yara era uma pessoa alegre, comunicativa e que se destacava. Além disso, era uma mãe exemplar.

Conhecidos e familiares encheram as redes sociais de mensagens para a técnica de enfermagem. O Colégio de Aplicação da UFSC, onde os três filhos dela estudam, disse em nota que ela era “uma mãe extremamente dedicada”. A unidade suspendeu todas as atividades em 5 de abril em luto pela morte de Yara.

Com informações do G1 SC

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