Política

Prefeitos presos em operação contra corrupção em SC devem ser ouvidos na semana que vem

Pelo menos dois dos três prefeitos presos na operação Mensageiro seguem presos preventivamente após audiência de custódia

Foto: Internet/Reprodução

Pelo menos dois dos três prefeitos presos na operação Mensageiro, deflagrada na terça-feira (6), seguem presos. A investigação apura suspeitas de corrupção na área de coleta e destinação de lixo e cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão em 20 cidades de Santa Catarina.

O prefeito de Papanduva, Luiz Henrique Saliba, é um dos que segue preso. De acordo com o advogado Manolo Del Olmo, ele está detido no presídio de Caçador e deve ser ouvido pelo Ministério Público na próxima segunda-feira (12).

Em nota, a defesa informou que “se esforça para reunir dados a fim de demonstrar que a contratação da empresa de coleta de resíduos, feita em governos passados, está dentro da normalidade, com valores e aditivos inferiores a média da região inclusive”.

O advogado disse ainda que “importa esclarecer que não há, nas investigações, qualquer prova em áudio, vídeo ou foto que leve à suspeita de qualquer vantagem ilícita. Quanto às poucas mensagens trocadas com o suspeito funcionário da empresa, elas ocorreram em especial em 2020 e 2021 e para assuntos corriqueiros do prestador de serviços”.

O prefeito de Balneário Barra do Sul, Antônio Rodrigues, e o filho dele, o vereador e ex-secretário municipal Jeferson Luís Rodrigues, também seguem presos. De acordo com a família, o advogado ainda não teve contato com os dois, que devem ser ouvidos pelo MP na semana que vem.

Outro prefeito preso na operação foi Deyvison Souza, de Pescaria Brava, no Sul do Estado. A reportagem do ND+ buscou um posicionamento da defesa do político, que não se pronunciou.

Investigação apura corrupção na coleta e destinação de lixo
A operação Mensageiro, que prendeu os três prefeitos, apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo. A suspeita é de que a empresa Serrana tenha feito pagamentos em forma de propina a políticos para se manter no serviço.

Em nota, a empresa afirmou que “sempre prezando pela transparência e pela integridade de todos os colaboradores e processos da empresa, informa que ainda não teve acesso a íntegra do processo, mas está colaborando e auxiliando com as investigações para que tudo seja esclarecido o mais breve possível. Nossa trajetória de mais de trinta anos em Santa Catarina sempre foi marcada pelo compromisso ético e integridade nos serviços prestados à sociedade. Os serviços de coleta e destinação de resíduos seguem sendo executados normalmente pela empresa”.

A operação deflagrada pelo Gaeco (Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas) e pelo GEAC (Grupo Especial Anticorrupção), do Ministério Público, cumpriu mandados nos municípios de Lages, Imaruí, Pescaria Brava, Braço do Norte, Tubarão, Capivari de Baixo, Agrolândia, Imbituba, Ibirama, Presidente Getúlio, Três Barras, Corupá, Itapoá, Schroeder, Guaramirim, Papanduva, Balneário Barra do Sul, Major Vieira, Canoinhas, Bela Vista do Toldo.

A investigação ocorre em segredo de Justiça.

Com informações do ND+

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