Executivo não determinou um prazo para atender nenhuma das quatro reivindicações apresentadas.
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Continuam insatisfeitos os cidadãos que participaram da reunião entre os moradores da localidade de Vargem Grande e a Administração Municipal, realizada na noite desta terça-feira, dia 20. A intenção do encontro foi discutir e buscar soluções para os problemas enfrentados, que têm impactado negativamente e trazido prejuízos à comunidade. No início da reunião, as reivindicações foram apresentadas e vídeos e imagens que retratam a realidade foram exibidos.
Na sequência, foi dada a oportunidade de a prefeita Saionara Correa de Carvalho Bora apresentar quais as possíveis soluções. Entretanto, segundo relato dos presentes, ela não se comprometeu com nenhuma medida resolutiva. “Não foi nada satisfatório”, lamenta Susana Cataneo. A mesma conclusão foi endossada pelo vereador Alexsandro Marchioli. “A comunidade saiu da reunião como ela entrou: sem nada. Infelizmente, não foi falado nada com nada”, afirma.
Reivindicações realizadas
Os pedidos feitos pelos moradores de Vargem Grande são: 1) recuperação asfáltica no trecho de aproximadamente 2,5 quilômetros; 2) manutenção das estradas que dão acesso à comunidade; 3) reconstrução da ponte que foi levada pela força da água após a chuva no dia 27 de janeiro; 4) desassoreamento do rio devido ao risco iminente de alagamento.
Licitação para reconstrução da ponte de madeira
“Sobre a ponte, fizeram levantamento e um estudo. Pela Defesa Civil Estadual, não é viável, pois iria demorar muito. Então, eles irão fazer com recursos próprios. Porém, também demora. Ela informou que irá concluir o projeto e que a licitação tem um prazo entre 30 e 60 dias. Além disso, a comunidade tem que torcer para que apareça alguma empresa interessada executar essa obra. Resumindo, ninguém sabe quando vai sair”, explica o vereador Alexsandro.
Prefeitura não fará o desassoreamento do rio
No que diz respeito ao desassoreamento, a Administração Municipal alega que não possui autorização e, portanto, não se responsabilizou, o que põe em risco o patrimônio e plantações em caso de chuva intensa e alagamento, ocasionando prejuízos. Um empresário que se fez presente se comprometeu em realizar a retirada da pedra no trecho em que possui concessão. Isso deverá amenizar a situação, mas não resolverá por completo.
Sem prazo definido para recuperação das estradas
Sobre a pavimentação asfáltica, o Executivo relatou que um estudo foi realizado a fim de analisar a razão de se encontrar em más condições em pouco tempo. Apesar disso, não informou quando a recuperação será realizada. “Isso deveria ter sido discutido e fiscalizado na última gestão, mas não foi feito. Agora, a comunidade precisa que ele seja recuperado, o que não é difícil de realizar, mas falta vontade”, argumenta o vereador.
Também não há um prazo definido para a manutenção das estradas que dão acesso à comunidade. Como justificativa para a situação em que se encontram, o secretário municipal de Obras, Agnaldo Dias, alegou as chuvas constantes, mas garantiu que a equipe está fazendo o possível. Contudo, a declaração não convenceu. “Nós temos urgência e que, quando for arrumar, que se faça um bom trabalho. Como agricultores, precisamos escoar a nossa produção e que esse trabalho seja feito o quanto antes”, reforça Susana.