Segurança

STF concede liberdade a oficial de cartório acusado de matar modelo em Imbituba

Decisão liminar foi publicada na quarta. Vítima foi encontrada morta em 8 de maio.

Foto: Reprodução Facebook

O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu a liberdade ao oficial de cartório Paulo Odilon Xisto Filho, de 36 anos, acusado de ter matado a namorada, a modelo gaúcha Isadora Viana Costa, de 22 anos, em Imbituba, no Sul catarinense. Ele foi solto na quinta-feira (29).

A decisão liminar do ministro Marco Aurélio Mello foi publicada na quarta-feira (28) e cumprida no dia seguinte. O homem estava preso desde 17 de julho. Isadora foi encontrada morta no dia 8 de maio.

A defesa de Paulo informou que a decisão do ministro “é acertada e a prisão nunca foi necessária”. “Está mais do que demonstrado no processo que houve uma ingestão excessiva de cocaína por parte dela, voluntária, e que não houve o crime de feminicídio”, disse o advogado Aury Lopes Júnior.

Ainda na primeira instância, o advogado havia solicitado a transferência de Paulo da Unidade de Prisional Avançada (UPA) de Imbituba para uma prisão especial, por ter ensino superior. O Estado tentou fazer a transferência para uma prisão em batalhão militar, sem vagas, segundo a Justiça. “Mais uma ilegalidade”, disse o advogado.

A reportagem tentou contato com a defesa da família de Isadora, sem sucesso até a publicação desta notícia.

Morte da modelo

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) acusa Paulo de ter imobilizado a namorada após uma discussão e efetuar golpes no abdômen dela, quando o casal estava sozinho no apartamento dele, provocando a morte.

Conforme a denúncia do MPSC, Paulo conheceu Isadora em Santa Maria (RS) em março deste ano e naquele mês começaram a namorar. No dia 22 de abril, a jovem aceitou o convite para passar uns dias no apartamento dele, em Imbituba.

A acusação afirma que depois que a jovem passou a conviver com o namorado, a modelo disse a amigas que Paulo ficava agressivo e descontrolado quando estava sob efeito de drogas.

A investigação da Polícia Civil apontou que na noite do crime, o oficial de cartório passou mal, espumando pela boca, e a namorada chamou a família dele. Ele não teria gostado da atitude porque os familiares não sabiam que ele usava drogas, informou o delegado Raphael Rampinelli. Após os parentes deixarem o apartamento, o casal discutiu e Isadora foi agredida.

Isadora era natural de Santa Maria (RS). Uma amiga do réu, que é advogada, teria alterado a cena do crime e responde na Justiça por fraude processual.

Com informações do G1SC

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